não me deixe mais
falar do teu corpo
nem do teu gosto nem
da minha voz te procurando
em busca de nomes
e eco
Ao contrário me faça calar
castigando a boca
com o impossível de te percorrer
por dentro
Este é um blog de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nos que nos lêem. Aquele ângulo irreverente... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos). Se gostou, una-se a nós. Siga o blog, comente e divulgue. Arte ao fundo de Francisco Mibielli
28 de setembro de 2010
8 de setembro de 2010
6 de setembro de 2010
Tenho um diabo dentro de mim
E esse diabo tem um nome
De mulher tatuado num pedaço
Obsceno e gasto do corpo
As coisas que ele sonha e realiza
São coisas que suprimo e tento
Sublimar com álcool e cortinas de fumaça
Ou despacho numa esquina
Tenho um diabo dentro de mim
Nesse corpo que o tempo
Começa a esquecer nas dobras
Amolecidas dos relógios de Dali
E as coisas que reitero de sua prática
São fatos históricos em Gomorra
E heróicas narrativas de cafajeste
Que os netos ouvirão com descrença e fastio
Tenho um diabo burguês dentro de mim
E com seiscentos milhões de quiabos
Acho que ele está construindo
Um duplex na minha barriga
E esse diabo tem um nome
De mulher tatuado num pedaço
Obsceno e gasto do corpo
As coisas que ele sonha e realiza
São coisas que suprimo e tento
Sublimar com álcool e cortinas de fumaça
Ou despacho numa esquina
Tenho um diabo dentro de mim
Nesse corpo que o tempo
Começa a esquecer nas dobras
Amolecidas dos relógios de Dali
E as coisas que reitero de sua prática
São fatos históricos em Gomorra
E heróicas narrativas de cafajeste
Que os netos ouvirão com descrença e fastio
Tenho um diabo burguês dentro de mim
E com seiscentos milhões de quiabos
Acho que ele está construindo
Um duplex na minha barriga
Assinar:
Postagens (Atom)