O zumbido anunciava a primavera
Estacou na paisagem exuberante
Destacou delicadamente
Uma flor do canteiro
Colocou-a na cabeça
E saiu pensando que aquilo finalmente
ocuparia as abelhas do seu cérebro
Este é um blog de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nos que nos lêem. Aquele ângulo irreverente... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos). Se gostou, una-se a nós. Siga o blog, comente e divulgue. Arte ao fundo de Francisco Mibielli
20 de julho de 2011
13 de julho de 2011
5 de julho de 2011
Da primeira vez que me vi
mais novo que meu filho
ele tinha seis anos e sério
dizia que aquele meu sorriso
não era digno de sua idade
Da segunda vez ele sorria
um pouco irônico revelando
sem me dizer que meus temores
eram passados e que sua experiência
era maior e mais forte que tudo isso
da terceira foi quando percebi
que ele não imaginava nem de longe
as loucuras que já tínhamos feito
sua mãe e eu no tempo em que juntos
começamos a ensaiar sua concepção
mais novo que meu filho
ele tinha seis anos e sério
dizia que aquele meu sorriso
não era digno de sua idade
Da segunda vez ele sorria
um pouco irônico revelando
sem me dizer que meus temores
eram passados e que sua experiência
era maior e mais forte que tudo isso
da terceira foi quando percebi
que ele não imaginava nem de longe
as loucuras que já tínhamos feito
sua mãe e eu no tempo em que juntos
começamos a ensaiar sua concepção
4 de julho de 2011
não nasci em Itabira
mas bem que gostava
de ter as casas me olhando
as portas alinhadinhas
e aquele ar interiorano
de quem come o pão
fresquinho bem cedo
com a manteiga derretida
escorrendo pela memória
não nasci em Itabira
mas se tivesse nascido
não me importava de me dar
de vez em quando
uma agonia imensa
de ser o mundo tao grande
e eu tão desajeitado
não certamente não nasci
na férrea Itabira de sonhos
que só vi nos postais do poeta
mas ainda que tenha vindo
da maravilha das cidades gostaria
de pedir por precaução
a todos os deuses da glória
que me dessem um cantinho
nesse negócio de história
mas bem que gostava
de ter as casas me olhando
as portas alinhadinhas
e aquele ar interiorano
de quem come o pão
fresquinho bem cedo
com a manteiga derretida
escorrendo pela memória
não nasci em Itabira
mas se tivesse nascido
não me importava de me dar
de vez em quando
uma agonia imensa
de ser o mundo tao grande
e eu tão desajeitado
não certamente não nasci
na férrea Itabira de sonhos
que só vi nos postais do poeta
mas ainda que tenha vindo
da maravilha das cidades gostaria
de pedir por precaução
a todos os deuses da glória
que me dessem um cantinho
nesse negócio de história
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