É nas madrugadas que me pertenço mais
É quando vejo a calma subindo e descendo
No peito da pessoa que dorme ao lado
E que teimo em desconhecer embora ame
É nas madrugadas que construo gemendo
meus castelos assombrados por velhos
Casais de príncipes felizes para sempre
E me permito fingir que terei a mesma sorte
É nas madrugadas que odeio sonhar com
outros possíveis amores mais divertidos
Menos responsáveis quase infantis de tão
Diferentes sempre afogados no próprio gozo
É nas madrugadas que sou mais consciente
De que desejo o irreconciliável a paz e a agonia
A tristeza e a alegria o prazer ilimitado orgiástico
De não ter lar medos máscaras ou segredos
É nas madrugadas que reinvento o que sinto
Que possuo a mim e aos meus loucos desejos
Que liberto o poeta dos grilhões da sanidade
E depois amanheço entre o comum e a vontade
Este é um blog de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nos que nos lêem. Aquele ângulo irreverente... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos). Se gostou, una-se a nós. Siga o blog, comente e divulgue. Arte ao fundo de Francisco Mibielli
16 de fevereiro de 2014
13 de fevereiro de 2014
Déjà vu
Já estive aqui antes
Embaixo desta árvore
Olhando teus olhos imóvel
Esperando que a reação
Ao beijo não fosse um tapa
Já fiquei aqui mesmo
Nessa posição quase fetal
Esperando o golpe letal
do teu sorriso que tanto
quis que não fosse espanto
Sim vivi esta mesma cena
Misto de pânico e euforia
Dizendo o que jamais diria
A mais ninguém deste mundo
A história sonha com
A própria historia e nós
Pensamos viver novamente
Aquilo que se vive plenamente
Apenas uma vez
Embaixo desta árvore
Olhando teus olhos imóvel
Esperando que a reação
Ao beijo não fosse um tapa
Já fiquei aqui mesmo
Nessa posição quase fetal
Esperando o golpe letal
do teu sorriso que tanto
quis que não fosse espanto
Sim vivi esta mesma cena
Misto de pânico e euforia
Dizendo o que jamais diria
A mais ninguém deste mundo
A história sonha com
A própria historia e nós
Pensamos viver novamente
Aquilo que se vive plenamente
Apenas uma vez
2 de fevereiro de 2014
Vejo teu olhar na face
incômoda da saudade
fico pensando nas mentiras
Que a vida conta sobre
A felicidade e o modo
Sádico como a inventamos
Parece que somos feitos
Da mesquinha ilusão
De que podemos
ser felizes juntos
Mas logo descobrimos
Que nem mesmo a tristeza
É a mesma para todos
Parece que sabemos
Onde vai o olhar distante
Que paira sobre o mar
E a desesperança
Quando o sol se põe
Achamos poesia no sofrer
Achamos poesia no sorrir
no que nos dá temor
e chamamos de amor
À incomunicabilidade
Só porque queremos
Trespassar o outro
Com a nossa solidão
incômoda da saudade
fico pensando nas mentiras
Que a vida conta sobre
A felicidade e o modo
Sádico como a inventamos
Parece que somos feitos
Da mesquinha ilusão
De que podemos
ser felizes juntos
Mas logo descobrimos
Que nem mesmo a tristeza
É a mesma para todos
Parece que sabemos
Onde vai o olhar distante
Que paira sobre o mar
E a desesperança
Quando o sol se põe
Achamos poesia no sofrer
Achamos poesia no sorrir
no que nos dá temor
e chamamos de amor
À incomunicabilidade
Só porque queremos
Trespassar o outro
Com a nossa solidão
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