Tanto faz
Na tenda dos meus vinte e cinco anos
As bolas e os cristais
Cheiravam a sexo
Como o mundo
As poses no instantâneo
Eram advertências
mudos semáforos
Apagando e acendendo
Incensos e róseas marcas
De batom nas cuecas do tempo
Minhas mais nobres intenções
Estavam escritas
No idioma cálido
E energético das aparências
Morrer era só uma questão
De mitos
Quem tinha as melhores apostas
Simplesmente adiava o jogo
Achando ter nas mãos
O que chamamos destino
Quem não sabia o que fazer
Ou mal jogava
Simplesmente chutava
O pau da barraca
os cristais
e morria
de tanto fazer
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