17 de setembro de 2005

aviso aos navegantes

De madrugada o mar está grogue
As ondas altas se esparramam na praia
O reflexo da lua
Jogado de lado
Encalha na areia


Minha sombra sóbria
Tenta se equilibrar nas pedras bambas
com as quais caminho


Tento dizer um clichê honesto
E não consigo
Basta-me então pensar:



será que te amo?


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ternuras concomitantes
conveses intermitentes
ao sabor do vento enfunado
a velas cheias de si
esquecem-se da prevenção
o sopro que já foi daí
de lá
de qualquer canto
roçaga,
esgarça,
arregaça
preenche a flor do cio
abrevia toda distância
distancia qualquer sentido

navegar é preciso

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