31 de maio de 2010

ME DESCULPEM - ME A MIM meus leitores de poesia!!!

Gente, é sério!!! Nunca fui anti-semita, nunca me manifestei sobre a questão do Oriente Médio do modo com vou fazer agora. Acho mesmo que este blog não é o lugar nem o espaço certo para isto, mas, tenha dó, haja paciência (sequência de palavrões censurada pelo autor)!!!! O que Israel fez, desta vez, passa dos limites do razoável!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

13 comentários:

Sandálias do Outono disse...

Ô, mané, deleta essa merda que você escreveu! Não cabe aqui! Faça assim: abra um blogue para discutir as questões do Oriente "MéRdio"

Sandálias do Outono disse...

Este é um blog que se propõe a ser de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nas pessoas que nos lêem. Aquele ângulo irreverente da questão... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos um pouco), ok? Abraços, Roberto Mibielli

Unknown disse...

Ei, Charles, porque vc não vai ver se estou na minha poesia? Tive um momento de desabafo, sim! Algo como um pequeno movimento de indignação fluindo entre as placas tectônicas da indiferença do dia a dia. Isto não me obriga a criar um blog só para isso, mas me leva a crer que:

O poeta também diz merda
e grita "Merda!" se quiser
ou estiver doendo
ou se quiser fazer rir
ou chorar
o poeta não apenas imita
o dizer de quem faz merda
ele se irrita
e palpita
onde não será chamado
e espalha pra todo lado
o adubo da nova onda
o poeta não deve ser intimidado
porque a intimidade com o poder
nunca gerou boa poesia
e sempre ferrou o poeta
por trás de sua azia
o poeta pode sim condenar
o ataque israelita
sem se tornar anti-judaico,
esperando que isso não se repita!

Sandálias do Outono disse...

se é verdade o que você acusa
na cabeça da medusa
faltam zilhões de víboras
para o antídoto das vulvas

isso torna inócuo
a mentira de geppetto
e a verdade de pinóquio

porque se o poeta é livre
e faz o que bem entende
não pode ter o cu preso
nem com branco
nem com índio!

o cu de quem escreve
precisa ser colorido
pelas tintas da aventura

por isso
meu douto amigo
mais vale um poeta intimidado
que um blog de medo
e censura!

(Charles Silva)

Unknown disse...

Ai, meu são drummon de Andrada!!
Não há mais flores no asfalto
Nem há mais nada!!

O poeta resignado deve parir
Pulos de pirilampos
Sem admitir que de quando em vez
retira ouro do nariz empinado
do busto de Palas

Deve partilhar sua palheta
Com Vangaguinhos Jones
Em busca de tesouros perdidos
Na perdida Atlântida
Das cores cu
Jos anos já se foram

Não pode ser doudo
Nem douto em golpes de dados
Que jamais a bolirão
Nem ter amigos no Japão
A quem defenda do holocaustico

Por que o poeta - um solitário
na abadia do seu sítio -
Deve bastar-se a si
De bastardia tamanha
Que nem a mais tacanha
Pluralidade
Possa ser verdade.

Elimacuxi disse...

Miba,
por mim, tá desculpado, afinal,

que merda quando o noticiário
nos expulsa do armário
e a poesia
das desavenças
da violência
e do dia-a-dia
nos tiram mais "pôs!"
do que se queria

Charles, ainda que concorde contigo,

discutir o cu do poeta
é menos coisa de esteta
e mais bancar
darmadeira...
liberdade
o poeta exercita
quando a prego, cola ou fita
prende seu próprio cu
do modo que bem o queira!

bj pros dois.

Sandálias do Outono disse...

da verdade inexistente
nada de oriente médio
quando a questão é gente
há de ser grande
o sangue do poeta
não o tédio
dos ativistas do mangue!

mas se a causa rende tiros
e o mundo se põe em delírio
por que não lembrar da oficina
dos estados unidos da américa
que soldaram hiroshima
com uma grande dialética?
tese e antítese
e muita falta de critério

viva israel
e todo soldado
cabeça de papel!

e viva o gesto positivo
do mata-piolho
o fura-bolo do gatilho
e o pai de todos
ordenando que todo poder
se oba, oba!

enquanto o olho
disser mais que a boca
aperte os cílios
da grande cabeça oca
que dispensa
o verso vagabundo

(Charles Silva)

Sandálias do Outono disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sandálias do Outono disse...

Meus queridos, já que estamos aqui, inclusive, para fazer poesia, aproveitei uns versos e deu nisso aí:

enquanto o olho
disser mais que a boca
aperte os cílios
foque a sua louca!

não há no mundo
quem dispense
um verso vagabundo
mas vá devagar
num profundo suspense
todo gesto é fecundo

eu só quero amar
pode ser com você
gosto de misturar
minha pele frappé
meu fonema
ah, esse grito!
ah, não resisto!

no amor
não tem muito porquê
levitou
acredito

(Charles Silva)

Elimacuxi disse...

gostei desse último!

Unknown disse...

realmente... nenhum de nós é muito Gregório...a gente faz mais e melhor com menos amargor. Esse teu poema, Charles, tá lindo. Especialmente a insustentável beleza do final.

Unknown disse...

ei, Charles, Eli, fiz um poema (inédito na minha carreira) de copa (embora eu não entenda muito os bretões e nem goste de me torcer por alguém)... Será que mostro pro Galvão?!?

Metapoética

O goleiro pula
Na bola da vez
Que talvez não devesse
Se encaixar na meta
Mas a bola
(fugindo do repressor)
Esfrega na trave
O corpo chutado.

Metade do fuso
Oval da arena
Geme desesperado
A outra metade
Num gozo gritado

É gol.

Sandálias do Outono disse...

Maravilha de poema, meu amigo! Gol de placa! Quanto a mostrar pro Galvão,acredito haver no mundo outros analfabetos midiáticos para narrar seu poema...

Meu beijo.

Charles.