O que me dirá essa voz escura
Cujas palavras ressoam na carne
Despregando confidências
Que nem o próprio tempo colheu
Que me dirão seus ecos sem porvir
Sobre as sobrancelhas cerradas
Que o medo ostenta sobriamente
Quando despacha burocráticos beijos
Quem cantará funéreo a altas horas
Pelos quatro costados da solidão
Por certo não é a ave agourenta
Recheada dos gazes aristocraticos de never more
Mas algo muito pior e ainda mais virulento
A poeira do fim o próprio esquecimento
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