Vejo epifanias onde pifam os carros
Vejo as dragas e os dragões na lama
Dos rios mortos que cortam a cidade
Vejo maldade nos olhos abandonados
Das crianças cosidas nas calçadas
E um maldar contínuo nos corpos
Benevolentes e frios das sacerdotizas
Da noite carnívora que abandona
Os fracos abraçados à solidão
E faz sorrir árvores de natal
Vejo descalças as calçadas da fama
criatividade e lama na raiz do mundo
Por isso me escondo nas fendas
E sonho com as partes de mim
Que sacrifiquei em busca de paz
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