23 de janeiro de 2011

National geographic

A constância do rio
É roer as margens sem cautela
Açoreando o próprio leito

21 de janeiro de 2011

E poderia
amá-la
por rios
a fio
Mas ela
preferia
pavios
Malsinada sina
Teu sino
Não me toca.

12 de janeiro de 2011

Quando a mulher que amo
Completar os cinqüenta
Vamos ter um orgasmo de limo
Recheado de pedras
E seremos eternos em tudo
Menos na eternidade
Quando a mulher que amo
Completar os cinqüenta
Nos reconciliaremos
E seremos um só
Procurando o outro
Quando a mulher que amo
Completar os cinqüenta
Talvez eu consiga ser
O qüinquagésimo
primeiro

8 de janeiro de 2011

Um peito pleno de tonturas
Erguia nas alturas
Sua erétil personalidade
Quando de passagem
E sem frescuras
Uma grande boca
torta de vícios
Lhe perguntou
Onde vais essa sexta
Chapeuzinho?