Ela estava ali
Viva
Parada com uma samambaia emoldurando
Meio mona
Meio lisa
O olhar embutido no mistério
Do sorriso quase casto
e gasto pelo desejo
dela dos outros dos votos
e lampejos
era quase abjeto
O sorrir dentro daquele quase sorriso
Como se ninguém mais soubesse
A sensualidade que há
Na ausência de insinuações
Na atitude reta
De quem não pode ser injuriada
Apertada
Surrada
Perdida
eternamente
No olhar do fotógrafo
Este é um blog de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nos que nos lêem. Aquele ângulo irreverente... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos). Se gostou, una-se a nós. Siga o blog, comente e divulgue. Arte ao fundo de Francisco Mibielli
22 de dezembro de 2010
15 de dezembro de 2010
Poema de sete fauces
quando nasci um anjo torta
desses que vivem nas sobras
disse vai roberto
ser gordo na vida
desses que vivem nas sobras
disse vai roberto
ser gordo na vida
11 de dezembro de 2010
O tempo rouge
Nas faces do desespero
Esperar a prima vera
Como se as verdades iniciais
Se ocultassem nas saias
E no cheiro da flor
Que ela traz escravizado
O tempo rouge
Moulin de lembranças
E versos travessos
Ocultar-se no escuro
Ainda que de aluguel
E dormir o sono justo
Do paraíso recuperado
O tempo rouge
Vermelho maquiado de sons
As batalhas se sucedendo
Aos fatos embaralhados
Não há gigabites suficientes
Para trágicas memórias
O tempo agora é pardo
O tempo ruge
Nas faces do poeta
Nem semelhantes nem
Estranhos caminham ao redor
Só febre e uma pandora doce
Entoando cânticos nefastos
Todo o amor é tardo
Nas faces do desespero
Esperar a prima vera
Como se as verdades iniciais
Se ocultassem nas saias
E no cheiro da flor
Que ela traz escravizado
O tempo rouge
Moulin de lembranças
E versos travessos
Ocultar-se no escuro
Ainda que de aluguel
E dormir o sono justo
Do paraíso recuperado
O tempo rouge
Vermelho maquiado de sons
As batalhas se sucedendo
Aos fatos embaralhados
Não há gigabites suficientes
Para trágicas memórias
O tempo agora é pardo
O tempo ruge
Nas faces do poeta
Nem semelhantes nem
Estranhos caminham ao redor
Só febre e uma pandora doce
Entoando cânticos nefastos
Todo o amor é tardo
Assinar:
Postagens (Atom)