1 de setembro de 2011

é...

É na poesia que sigo teus passos
E com ela me torno mais palavra
Menos honra e penso e existo
Como se o logo fosse anormal
E o agora não importasse a ninguém

É na poesia que sou menos conseqüente
E consequentemente me sinto todo
Como se sente alguém que se pertence
Pertencendo a outrem

É na poesia que me sinto mais amargo
E me reprovo a todo instante
Para saber se meu gosto pode variar
De acordo com a presença alheia

É na poesia que não durmo de noite
Esperando que me venham buscar
Numa ambivalência cuja sirene
Fique gravada para sempre nos ouvidos
Daqueles que têm certezas

Um comentário:

Elimacuxi disse...

é... e agora eu fiquei despalavrada.