5 de março de 2016

Na segunda devo
caminhar em frente
E nunca olhar pra trás
Não pensar no cheiro
Dos lençóis e no gosto
Das histórias que construímos
Fui um ogro um cavalo e até bandido
Você me abduziu medicou
e deu seu líquido
Pra matar minha sede no deserto
Nossos personagens jamais
Sentiram fome de tão famintos
Nem desceram das nuvens
Mesmo com a perda das asas
Então em nome dessa beleza
Amanhã não devo me virar
Ao cruzar com sua estátua de sal
Não posso me sentir tentado
Nem mesmo a dar
Uma última lambidinha

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