30 de novembro de 2005

como sempre, continuo estudando o anti-clímax, acho fazer poesia desses pequenos momentos ótimo e bizarro..

Estou invisível
Me precipito meio chuva
Meio ácido
No plácido domingo
Do teu maio
Irônica mente
Incendeio tua carne
Salgada de tantos mares
E levo teu dedo
A cogitar teu segredo
Minusculamente guardado
Há muita gente ao redor
E nenhum particípio presente
Ninguém pressente
Tua carne pedindo
Quase implorando
Um pouco de ternura
E brusquidão
Você mesma
Já não está mais ali
Abandonou o corpo
Ao seu próprio delírio
E flutua no mar
deixando-se embalar
pelas ondas cálidas
que te lambem inteira
aí uma sombra matreira
te diz num tom urgente
vai um cachorro quente?

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