1 de novembro de 2005

Todo o tempo que me resta
já não presta
Vigia meus passos
destrói minhas lembranças
Há coisas perdidas
coisas achadas
que não tenho onde guardar
Tenho que ler o Drummond
de novo
E pensar na finitude dos dias
de Jorge Luis Borges
Tenho que freqüentar os bordéis
da Paris cem anos antes
de ter nascido
Tenho que encontrar
para alguém
o tempo que perdeu
Tenho que viver meus vícios
E até coisas banais
Como entender o sentido
Da vida
tenho que fazer escondido
Pois o tempo que me resta
condena desperdícios

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