Este é um blog de poesia. Mas, como o título indica, não de poesia comportada e/ou confessional que existe pelaí... Nada temos contra esse tipo de poesia, mas queremos provocar o "Pô!?" nos que nos lêem. Aquele ângulo irreverente... aquela resposta desconcertante... é isso, uma poesia que, sem surpresas, tenta ainda surpreender... Se conseguirmos, tudo bem. Se não, ao menos tentamos (e nos divertimos). Se gostou, una-se a nós. Siga o blog, comente e divulgue. Arte ao fundo de Francisco Mibielli
31 de maio de 2010
ME DESCULPEM - ME A MIM meus leitores de poesia!!!
Gente, é sério!!! Nunca fui anti-semita, nunca me manifestei sobre a questão do Oriente Médio do modo com vou fazer agora. Acho mesmo que este blog não é o lugar nem o espaço certo para isto, mas, tenha dó, haja paciência (sequência de palavrões censurada pelo autor)!!!! O que Israel fez, desta vez, passa dos limites do razoável!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
O perfil transfigurado do justo
Quando a justiça é perfeita
As mãos atadas do poder
Divino ao acaso
O caso da criança
Que pulou –não pulou –
Da janela com a raiva do Pai
As estranhas entranhas do silêncio
Movendo-se em linha desesperada
Trinta metros até a calçada
A quietude dos dias de Pompéia
Onde estariam agora
A perna da boneca perdida?
As loucinhas de plástico?
Um ursinho de pelúcia meio zarolho que todo mundo achava feio
mas não dava pesadelos?
O que ela faria
Agora, quinze anos, depois?
Tomaria um chopp?
Venderia o corpo?
Estaria num shopping?
Prepararia seu TCC?
O enxoval?
A justiça perfeita dos homens
Ainda não foi estabelecida
Entre as divindades.
Quando a justiça é perfeita
As mãos atadas do poder
Divino ao acaso
O caso da criança
Que pulou –não pulou –
Da janela com a raiva do Pai
As estranhas entranhas do silêncio
Movendo-se em linha desesperada
Trinta metros até a calçada
A quietude dos dias de Pompéia
Onde estariam agora
A perna da boneca perdida?
As loucinhas de plástico?
Um ursinho de pelúcia meio zarolho que todo mundo achava feio
mas não dava pesadelos?
O que ela faria
Agora, quinze anos, depois?
Tomaria um chopp?
Venderia o corpo?
Estaria num shopping?
Prepararia seu TCC?
O enxoval?
A justiça perfeita dos homens
Ainda não foi estabelecida
Entre as divindades.
24 de maio de 2010
20 de maio de 2010
Tudo no teu
Gosto imaginado
É pecado
É pegado
Na língua
É linguagem secreta
De pele que veste
Pele
E líquido
Que liquida atos
São fatos
Fingidos no desejo
São faca e
Beijo na mão
São a noção do non sense
São seis pence
De doces desvarios
São os rios internos
Dos infernos
Nos mamilos
São bacilos
De amor eterno
Tudo no teu gosto
Invaginado
É pecado
É rasgado na língua
No corpo sutil da noite
É quase morte
É quase vida
É a ardida
Voz
Do novamente.
Gosto imaginado
É pecado
É pegado
Na língua
É linguagem secreta
De pele que veste
Pele
E líquido
Que liquida atos
São fatos
Fingidos no desejo
São faca e
Beijo na mão
São a noção do non sense
São seis pence
De doces desvarios
São os rios internos
Dos infernos
Nos mamilos
São bacilos
De amor eterno
Tudo no teu gosto
Invaginado
É pecado
É rasgado na língua
No corpo sutil da noite
É quase morte
É quase vida
É a ardida
Voz
Do novamente.
Pour Eli (se – ela aceitar) e também, e porque não, à Su e Cida.
“É a vida quem me mata”
É a ata por escrever
De tantos enganos
São os planos de saúde
Glória e a história
Do seu amante
É um instante
instantâneo digital
Que recebi pelo correio
Eletrônico
(e que não abri
Com medo de vírus
E da vida)
É uma pétala caída
em desgraça de malquerer bem
É o ter que lidar com o anexo
Ao título mal escrito da mensagem
- veja ela com outro alguém -
É à margem do firewall
Um muro parado
Numa corrida contra o tempo
É um tapa de luvas de pelica
No suspeito do futebol
É um duelo ao pôr
E o estupor
De sair vencido.
“É a vida quem me mata”
É a ata por escrever
De tantos enganos
São os planos de saúde
Glória e a história
Do seu amante
É um instante
instantâneo digital
Que recebi pelo correio
Eletrônico
(e que não abri
Com medo de vírus
E da vida)
É uma pétala caída
em desgraça de malquerer bem
É o ter que lidar com o anexo
Ao título mal escrito da mensagem
- veja ela com outro alguém -
É à margem do firewall
Um muro parado
Numa corrida contra o tempo
É um tapa de luvas de pelica
No suspeito do futebol
É um duelo ao pôr
E o estupor
De sair vencido.
18 de maio de 2010
12 de maio de 2010
10 de maio de 2010
Travessas
Atravesso
Outra vez
Atavios e atalhos
Os talhos na carne
Não cicatrizada
Por um triz.
Travessamente
Se atraem na
travessa deserta
os traços devassos
de nossas tramas.
São dramas
E são passos
As peças que espessam
Os fatos.
São espaços
Não preenchidos
Os aspectos da beleza
São a mesa
A travessa.
Atravesso
Outra vez
Atavios e atalhos
Os talhos na carne
Não cicatrizada
Por um triz.
Travessamente
Se atraem na
travessa deserta
os traços devassos
de nossas tramas.
São dramas
E são passos
As peças que espessam
Os fatos.
São espaços
Não preenchidos
Os aspectos da beleza
São a mesa
A travessa.
6 de maio de 2010
CANTATA DE BACH
Tenho o direito
De permanecer calado
Mas tenho o seu fado
A me aprisionar
Tudo o que eu disser
Poderá ser
Usado contra mim
Se me declarar
Tenho direito
A um telefonema
Mas o problema
É que não tenho
Número para discar...
De permanecer calado
Mas tenho o seu fado
A me aprisionar
Tudo o que eu disser
Poderá ser
Usado contra mim
Se me declarar
Tenho direito
A um telefonema
Mas o problema
É que não tenho
Número para discar...
5 de maio de 2010
Fabricar sua imagem
Invertida
Perversa
Antediluviana
Ou paradisíaca
Brincar com sua ausência
De más intenções
Ou com a ingenuidade
Das pequenas maldades em você
Esperar dias
Pelo seu mau humor
E depor flores nas suas intensidades
Repensar nossas inverdades
E investir cada vez
Mais na ausência de castidade
Invertida
Perversa
Antediluviana
Ou paradisíaca
Brincar com sua ausência
De más intenções
Ou com a ingenuidade
Das pequenas maldades em você
Esperar dias
Pelo seu mau humor
E depor flores nas suas intensidades
Repensar nossas inverdades
E investir cada vez
Mais na ausência de castidade
3 de maio de 2010
banco imobiliário
Tuas insanidades
Excitam minha pureza
Descrevem uma beleza
Que não me pertence
Valem exatos seis pence
De rimas e remédios
E alguns prédios
No banco imobiliário.
Excitam minha pureza
Descrevem uma beleza
Que não me pertence
Valem exatos seis pence
De rimas e remédios
E alguns prédios
No banco imobiliário.
1 de maio de 2010
amar você
Amar você
De todas as formas estranhas
Das entranhas
Ao infinito de todas idades
Até te transformar em metades
De mim
Ou até que a morte
Venha me buscar
Dentro de você
De todas as formas estranhas
Das entranhas
Ao infinito de todas idades
Até te transformar em metades
De mim
Ou até que a morte
Venha me buscar
Dentro de você
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