5 de novembro de 2011

Das cidades em que me vejo
Mais calvino,
Sinto os cheiros
De carícias ou de cenas
Desvairadas fantasias

Me tateio entre cores e demasias
Me abandono no intrincado dessas ruas
Busco esquina cujo bico
Empinado de arrepio
Corresponda ao vazio
Deste cio
Deste beco
Desta boca

A cidade que descrevo
Não é pouca
Tem andares de pessoas se querendo
Tem lugares de pessoas se buscando
Tem estátuas de razão estatelada
Tem espaço de paixão já cumulada
Tem ardores desta flor que ali viceja
Tem delícias de pensar a marginália
Tem um rio de janeiro até dezembro

Somos todos Ribeirinhos desse gozo
É por isso na cidade em que me abanco
Que o rio que banhamos é todo branco

2 comentários:

Elimacuxi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elimacuxi disse...

afoitos e solitários
sonhamos aventuras tontas
em caminhamos trôpegos
e solidários
cuidados noturnos.


ps: o comentário excluído tinha um m a mais no penúltimo verso