19 de novembro de 2011

Eu perderia as eiras pelo teu caminho
De beiras e o teu carinho de raminho
De rosa dos róseos do teu discernimento

Eu pediria um aumento do teu caminho
Pro meu caminho se quem caminha
Fosse comigo acolchoado pela vinha
Das palavras mais secas e tintas

E pensaria nas pintas como migalhas
Que as gralhas do teu caminho comeram
Pra me deixar perdido no teu caminho
Um pouco minotauro um pouco polegar
Deixado na carne digitado como o luar

Se o teu caminho o meu Caminha
Descrevesse em torta linha
Eu nem pensava as vezes duas
E descobria as rotas tuas

Mas se cada um seguisse o seu caminho
Triste eu não ficava em desalinho
Pulava no torvelinho de versos e alegria
Deixava os avessos na poesia
E me dedicava à orgia...

2 comentários:

Unknown disse...

poema para Um poema de Eli Macuxi (como sempre) que responde a uma frase de Odara Rufino (ver facebook)

Elimacuxi disse...

Meu melhor poema talvez seja uma amizade... Nascida por causa de uma música do Zeca Baleiro ("quanta maldição, o meu coração não quer dinheiro, quer poesia...") num Parlatório tão abandonado quanto eu, se estendeu através dos tempos e dos corredores da UFRR.
Depois essa coisa criou asas e chegou perto de casa. Invadiu tudo envolvendo filhas e filhas.
Desde sempre, é um poema de maravilhas, que fervilha em mim, mesmo quando distantes.
É essa amizade que brilha, por um amigo que é eterno amante desse jogo que eu também amo: brincar com as palavras na verdade e no engano.
Hoje você mereceu um poema e uma prosa, seu Mibi.
Beeeijo!