17 de julho de 2012


Toma teu poema imundo
de sexo
de amor
e baboseiras de jardim

Toma ele assim
jogado na cara
esparramado no chão
as rimas rolando
na lama donde não deviam ter saído

Toma como se fosse
o gole do porre
ou xarope pra tosse
que te acomete
como aos poetas tuberculosos de romance

Faça dele a gilete
corte os pulsos da realidade
reinvente a mediocridade
do dia a dia

Faça-se poesia


Poema para o poema da Sonyellen in http://www.facebook.com/sony.ferseck/posts/506537846028080?comment_id=116357434&ref=notif&notif_t=like

Um comentário:

Elimacuxi disse...

ai se eu te pego,
e ao seu poema!
se o tema que te destroça
ainda pudesse render um terço
ainda pudesse render um prego
no teu punho contra a cruz...

ah, se eu agarro
essa mágoa
e dor atroz
pra fazer delas um jogo
em que eu e tu
fôssemos apenas nós...