4 de fevereiro de 2013

Solo de guitarra na alma entreaberta
na certa vão dizer que pari violinos
e que nunca fui muito justo com as palavras

Medo de ocasos e ocasiões especiais
Não mais sorrir pelos cotovelos
Não mais me envolver em novelos
ou novelas

Soltar as velas
da amargura
quem sabe a cura
aquela de voltar a ser criança
esteja além da Boa Esperança
esteja em mim desacordada
espalhada nos sete mares
da mulher na qual me fixo

Quero jogar meus botões no lixo
não são bons conselheiros
Mal servem pra me deixar vestido
E não posso mais ser bom
nem selvagem

não há volta da viagem
que é o dizer do já dito
só o conflito redime a alma
mas tenhamos a calma
que só a solidão apura

ser salvo não impedirá a loucura

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