14 de fevereiro de 2013



O amor não é coisa líquida
A não ser quando dá água
Na boca e essência escorrida
Ou vazamento nas torneiras
Da pele e da alma nas feiras
De escambo de corpo drogado
Do outro em excesso e satisfação
As vezes transita na contramão
Por isso pode morrer afogado
De tanto mimo ou tédio
Pode cair de um prédio
De violência e ilusão
Pode nunca ter razão
E viver forçando a barra
Pode ser a eterna farra
Adolescente intensa feliz
andando na corda por um triz
pode ser o que eu sempre quis
um panapaná colorido de Kiss
em batons diversos
e outros apreços
de sex shop
pode ser o top
de uma onda qualquer
e pode ser um ato de ser
isolado que vive numa ilha
quando outra presença é par t ilha
pode ser a descida ao inferno ou a ida ao céu
ou simplesmente papinha de bis coitos mabel

Um comentário:

Elimacuxi disse...

tanta coisa pode ser o coiso
esse que motiva
crimes e perdões
vidas sem sentido
duras verdades e doces ilusões
tanta coisa pode ser o coiso
e tanta coisa pode não ser
que o inventamos em qualquer espaço
de querer
e o despimos das lantejoulas velhas
pondo-lhe novas fantasias
ele que cura e causa ferimento
essencial
como qualquer outro alimento.