Inominável ronrona serena
Como quem não quer nada
Insinua os bigodes gatunos
E a cabeça coça por dentro
As idéias paradinhas quietas
Organizadas num canto
Proibidas de fazer algazarra
Enquanto algo cicia espanto
Nada de pomposo e grande
Um fiozinho teimoso meio
Pavio meio teia tecida com
O não saber o que fazer de si
Uma quase tontura leve e sem graça
De ser você mesmo e ter que caber
Todo dentro de seu ser anterior
Quando se é infimamente maior
Um estranho apalpando seio
Tentando ver concretamente
O proibido banalizado doente
Necessidade de respostas
Para o não ser
Só esta agonia
A tristeza de crer
E duvidar
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