19 de junho de 2010

PÔ, ÉTICA???

Apressem os sentidos
Apreendam a razão
Não há motivos
Nem solução
Que não tenham sido tentados
Nem tentação demais
Nos descalabros
Derrubem os candelabros
Não há mais luz
De velas
Nosso romantismo corresponde
A um sentimento
Inócuo de prazer estético
E é patético pensar
Em formas
quando os sentidos
Estão melados de originalidades
É sempre meia verdade
Uma revolução poética
Tentemos então o absoluto
Do ventre livre
E aliterações
Pensemos em ações
Entre bons amigos
Façamos dos umbigos
A nostalgia dos oito
Sentidos
o poético
o psico-ético
o sócio-histórico
e os outros cinco
mais subjetividades
pensemos nas festividades
do baixo ventriloquismo
e na tecnologia do consolo
sejamos oníricos
nas manifestações almejadas
mas não no dia-a-dia
fazer poesia
não corresponde a nada
nem a sentir
nem à piada
do passarinho.

4 comentários:

Unknown disse...

Eli, este foi feito há algum tempo e só veio parar aqui graças ao seu "poetas". Um beijo, Mibi

Sandálias do Outono disse...

vamos bater
um dedo de rosa
assim meu corpo anota mais
o seu perfume

talvez o cravo
não brigue mais com a prosa
e aproxime a diversão
do meu ciúme

meu amor
nenhum vermelho
combina com “por favor”
do cotovelo ao joelho
toda dor arroxa
ando disposta
a começar um novo amor!

(charles silva)

Unknown disse...

Teu poema tá maravilhoso, irretocável do ponto de vista do sentido e da proposta, mesmo assim, proponho flutuações ao redor dele (sem que com isso queria retocá-lo em nada)

POEMA AO REDOR

É pra abater um dedo
com a rosa
Ou bater o dedo nela?

Meu copo denota
o seu perfume

A lapela briguenta
Apelando pra prosas chulas
Escorreitas ilusórias
Disfarçando-se pra ciúme

Que que tem demais
Em pedir direito?
A gente preda
a mão pedindo
porque não o lindo?

E acho finalmente
Que toda cor roseia
Quando disposta
À nova peia!!!

Elimacuxi disse...

Façamos dos umbigos
Nossa novela das oito
embriagados de nós mesmos
a esmo
sem dúvida nem sentido.