Triste é o sino
Que já não dobra
Pela sina que queria
Triste é a romaria
De imagens projetadas
Na tua pele
Triste é quem não apele
Para o fim do poço
Pensando no moço
Que deixou acolá
Entre xangrilá
e a lembrança
Triste é Sancho Pança
Sem seu lugar no mundo
E aquela lança
De moer moinhos
Tristes são seus caminhos
Sem a loucura de decompor
Gigantes e versos
Triste são os travessos
Que já não podem
Te ver na janela
Triste é restar
Na panela
poema para Bella, outra poeta linda de tirar o folego, a partir do seu poema "Janela" publicado no face e no seu blog http://isabella-coutinho.blogspot.com/.
JANELA
triste é a sina
de quem chora
não ter o que não sabe
triste é a sina
de quem chora
ter o que não sabe
triste é a sina que
demora
e o momento urge
triste é a sina que
com o tempo melhora
e passa últil
conformidade
triste é a sina que
aparenta paisagem
e é apenas um quadro
na parede sem
janela
BELLA
Nenhum comentário:
Postar um comentário