1 de fevereiro de 2012

Triste é o sino
Que já não dobra
Pela sina que queria
Triste é a romaria
De imagens projetadas
Na tua pele
Triste é quem não apele
Para o fim do poço
Pensando no moço
Que deixou acolá
Entre xangrilá
e a lembrança
Triste é Sancho Pança
Sem seu lugar no mundo
E aquela lança
De moer moinhos
Tristes são seus caminhos
Sem a loucura de decompor
Gigantes e versos
Triste são os travessos
Que já não podem
Te ver na janela
Triste é restar
Na panela

poema para Bella, outra poeta linda de tirar o folego, a partir do seu poema "Janela" publicado no face e no seu blog http://isabella-coutinho.blogspot.com/.

JANELA

triste é a sina

de quem chora

não ter o que não sabe

triste é a sina

de quem chora

ter o que não sabe

triste é a sina que

demora

e o momento urge

triste é a sina que

com o tempo melhora

e passa últil

conformidade

triste é a sina que

aparenta paisagem

e é apenas um quadro

na parede sem

janela



BELLA

Nenhum comentário: