11 de abril de 2013

Cortava maio olhos ressaca
em versos travessos meia lua
de céu suada salgada maca
insanidade na carne crua

De crueldade sorria pele lanhada
à unha de mel sugada rubro cantar
a seiva de sentimento estrelada
via de fato direito torto mordiscar

Derme do vento dar-se e receber
os dentes sonho e estremecer
de folhas primavera dos cheiros

Cada palavra chutada para amanhecer
meio cunha cunhada a verbo enaltecer
rósea de ouvidos cantiga de travesseiros

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