25 de fevereiro de 2016

A porta está aberta
Amanhaceu escancarada
O silêncio dormiu em casa
E embora os pássaros tentem
A manhã não diz nada novo
A porta ao longe era orifício
Coisa de gente desocupada
Como o vento sem destino
Pedaço de um desejo maior
Uma casa segurança lar
A porta sem barreiras convidava
Insinuava festividades felicidade
Brisa a fazia gemer indo e vindo
De vez em quando alguém havia
Ao encontrá-la cerrada de bater
Ou tocar de leve à campainha
Delicada ou de sopetão
ela dizia entre indistintamente
Ou ficava indiferente selada
Cara de pau que era
Mas não hoje
Hoje amanhecera sem serventia
Porta e vazio
Já que ali ninguém mais passava

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