25 de fevereiro de 2016

Poema feito para um poema da Eli Macuxi no seu blog www.elimacuxi.blogspot.com ( poesia pura)
Dos sonhos repartimos a carne
E nos encontramos no fundo afogados
Em nossas próprias deserções dos mitos
Por ali fomos mais bonitos e escassos
Sem fracassos nem acertos
Permanecemos abertos
Sem tetos sem tretas sem tecidos a mais
Partimos do cais para a tempestade
Desarvorados as velas esfarrapadas
Ainda trocamos tiros na madrugada
Como dois bucaneiros
Arruaceiros das coisas do lar
Invadimos sofá e geladeira
Não respeitamos nem a namoradeira
Na varanda invadimos os ouvidos alheios
E feios como nossos gritos
Concluímos aflitos que a humanidade
Não está preparada para acordar nua
E de prazer perfumada em plena rua

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