Olhos de dentro deitados em nuvens
Não há lamento no teu chover
Apenas um espremer carneirinhos
Brancos e cinza a mais não poder
Olhos de vento que moldam celeste doçura
Onde estão tuas certezas e alegrias
Se só tens ausências e imaginação
Como podes crer nesta profusão
Olhos de medo no caminhar
De quantos abismos de dois centímetros
Já tiveste que pular
E quantos ainda há a galgar
Olhos de dedo que furam o bolo
Sorrindo marotos da grande gente
de voz comportada e grande ralha
Tira o dedão sujo daí pirralha
E a pergunta criança não quer calar
Então não era pra olhar
Dedicado à Bia.
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