16 de janeiro de 2017

Réquiem por uma aluna


Nem a tristeza dos amigos
Pode dizer o que não haverá
Pois os olhos não estarão lá
Quando houver beleza e cor
Nem a voz quando música for
Nada faz sentido nesse sentir
A ausência do gesto de carinho
Posto que não há mais pedras
Tão pouco haverá caminho
Com ele as esperanças e glória
Abruptamente interrompidas
Não florirão como deveriam
E a juventude será sempre velha
Porque nunca foi nem irá adiante
Onde está a companheira a amiga
Terá seguido na barca de Caronte
Deixando-nos no cais saudosos
Foi para o lugar no qual somente
a escura ave de nunca mais
Possa vaticinar o seu destino
Não há justiça nas palavras
De despedida nem no silêncio
Só há a falta
E dor

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